World Snooker Championship
O torneio disputa-se desde 1927 e faz parte da história da
modalidade, desde os tempos de Joe Davis, passando pela década de 1980
quando o Snooker se tornou no principal desporto nas ilhas Britânicas,
até à era moderna na qual se destacam nomes como os de Ronnie O’Sullivan
e Stephen Hendry.
A edição 2016 do Mundial de Snooker terá lugar entre 16 abril e 2
maio. O palco histórico do Crucible Theatre em Sheffield vai receber os
melhores jogadores do ranking, competindo pela vitória no mais antigo
(a primeira edição data de 1927) e mais prestigiado torneio mundial.
Barry Hearn, Presidente da World Snooker, antecipa assim o
grande evento: "Para todos aqueles que amam o nosso desporto, uma ida ao
Crucible para assistir ao Campeonato do Mundo é a máxima experiência no
snooker. A intensidade do ambiente não tem comparação [...]. A história
e o prestígio deste torneio são mais importantes para os jogadores do
que qualquer outra coisa".
O campeão do mundo em título é o inglês Stuart Bingham, que na
final do Mundial do ano passado bateu Shaun Murphy (18-15).
A maldição de Bingham e a esperança de O’Sullivan
A partir do dia 16 de abril as bolas começam a rolar no teatro dos
sonhos de qualquer jogador de Snooker. O Crucible Theatre de Sheffield
recebe uma vez mais os melhores do mundo. Entre eles há quem se
apresente apreensivo e entusiasmado. Stuart Bingham luta contra a
maldição. Ronnie O’Sullivan procura continuar a escrever história. E
depois há mais 30 candidatos...
São 17 dias de drama, emoção e muitos nervos. Para se ganhar um
Mundial é preciso ganhar 71 jogos! Por este número dá para entender que o
que se pede a um campeão do mundo é muito mais do que ser um bom
atirador. É preciso nervo, postura, aptidão física, concentração e muito
sangue frio.
Olhando para os 16 jogadores já apurados – em virtude de
constarem no topo da hierarquia mundial – é fácil reconhecer os
favoritos. Ronnie O’Sullivan esteve de fora mais de meia temporada, mas
voltou em grande com a conquista do Masters e do Open de Gales. Em 2016
procura chegar ao 6.º título mundial, igualando assim o mítico Steve
Davis, mas ainda terá na memória as derrotas na final de 2014 (frente a
Mark Selby) e nos quartos-de-final da temporada passada face a Stuart
Bingham, o pouco provável vencedor em 2015.
Além do “Rocket”, a generalidade da crítica atribui favoritismo
aos ingleses Mark Selby, Judd Trump e Shaun Murphy, ao australiano Neil
Robertson e ao escocês John Higgins. Será muito pouco provável que o
Mundial escape a um destes nomes, mas a verdade é que ninguém colocou
Stuart Bingham como um dos favoritos em 2015 e… foi o que se viu!
Bingham vem de uma temporada pouco mais do que medíocre, onde
apenas se salvou a final do World Grand Prix perdida face ao finalista
do Mundial de 2015, Shaun Murphy. Pior do que isso, o inglês lutará
contra a famosa “Maldição do Crucible”: até hoje, e desde 1977, nenhum
vencedor inédito conseguiu reconquistar o título no ano seguinte. A ver
vamos se será o “Ball Run” a quebrar este mito.
Além de Bingham, claramente um dos “outsiders” mais fortes, o
norte-irlandês Mark Allen (vencedor das grandes finais do PTC) ou os
ingleses Barry Hawkins, Ricky Walden e Joe Perry podem complicar a vida
aos favoritos.
Fora deste lote está… Ding Junhui. O chinês, depois de duas
temporadas miseráveis, deixou de constar no “top 16” e terá de ganhar
três jogos nas qualificações para marcar presença na fase final da
competição. Depois de em 2013/14 ter estado na frente do ranking e
vencer cinco torneios (igualando o recorde do campeoníssimo Stephen
Hendry), o chinês tem vindo em queda livre e terá de lutar muito para
voltar ao topo da modalidade.
Desta forma, da enorme legião asiática do “Main Tour” apenas
Marco Fu é presença certa no Crucible. O homem de Hong Kong junta-se a
nomes históricos como o galês Mark Williams ou o escocês Stephen
Maguire, bem como a outros com menos impacto mediático como o galês
Michael White ou o inglês Martin Gould.
É bom, no entanto, perceber que as surpresas estão sempre ao
virar da esquina e, dos apuramentos, poderão surgir jogadores com muita
experiência, capazes de vencer qualquer um, como o já citado Ding Junhui
ou ainda Ali Carter, Ryan Day, Graeme Dott, Liang Wenbo, Kyren Wilson
ou Mark Davis.
Para os fãs de Snooker resta apenas aguardar mais uns dias para
que o pano verde tome conta dos ecrãs do Eurosport. O Snooker volta a
ser “rei” do seu canal de desporto e a equipa de comentadores – Miguel
Sancho e Nuno Miguel Santos – está a postos para levar até si as jogadas
mais geniais, os erros mais clamorosos e as lágrimas da vitória ou da
derrota. É assim a vida, é assim o desporto.
Fonte: Eurosport.Pt
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